Valdir Pedro Pereira, 65 anos

Clínico geral e Radiologista

Falecido em 11/05/2020

Valdir...

Dr. Valdir Pedro Pereira tinha 65 anos e era formado pela Universidade do Estado do Pará. Seu lema de vida era servir ao próximo. Ele começou sua carreira como clínico geral, mas se especializou em Radiologia e serviu à Polícia Militar do Pará por mais de duas décadas como radiologista. Se aposentou em 2009, mas não parou de atender aos pacientes em sua clínica de radiologia.

Valdir Pedro Pereira

Com o intuito de continuar servindo às pessoas, em 2018 Dr. Valdir se mudou para São Paulo, onde aos 63 anos foi fazer especialização pela Unifesp e se integrar ao Programa Médicos da Família, no município de Mauá. Estudava e atendia muitas pessoas em uma unidade de saúde na comunidade de Zaíra, na periferia de Mauá.

Seus familiares acreditaram que ele se contaminou no atendimento aos seus pacientes com sintomas de covid-19. Apesar de já ser idoso continuou atendendo, pois tinha sentimento de patriotismo. Ele estava muito feliz, achava que a medicina estava evoluindo para o lado mais social.

Valdir Pedro Pereira

Um dia por semana ele ia de casa em casa fazer atendimento domiciliar de pacientes carentes. Morreu servindo ao próximo. Fazia o que amava.

Dr. Valdir foi clínico geral, obstetra, radiologista, médico do Trabalho, e os familiares contam que ele adorava fazer ultrassom nas grávidas, dar a boa notícia do sexo dos bebês às mães e pais. Ele amava cuidar das pessoas.

Fã do cantor Fagner, adorava ouvir suas músicas em família. Como bom mineiro, curtia também sertanejo modão.

Se divertia muito brincando do esconde-esconde com os três netos Ana Luísa, Cristovam e Ricardo, a quem amava incondicionalmente.

Dr. Valdir era considerado um paizão pelos filhos: Geraldo, Gisele e Gustavo. Era casado com Ana Laura Pereira, o grande amor de sua vida.

Após sua morte foi homenageado pela Prefeitura Municipal de Mauá e pela população local por sua atuação no atendimento às famílias carentes. Dr.Valdir era um médico e um ser humano persistente e devotado à medicina. Ele não desistiu dos pacientes, durante a pandemia, mesmo sendo idoso. Se considerava um patriota, no sentido de servir à pátria. E foi com esse sentimento que viveu toda sua vida, até o fim.

*História escrita a partir de entrevista com a filha, Gisele Pereira