Pedro...
Em uma homenagem recebida em uma rede social, um poeta, velho amigo de Pedro Alcântara, lhe adjetivou como imprescindível. Um adjetivo que cai como uma luva para um ser humano tão inusual.
Médico, intelectual, comunista declarado e ser humano incrível. Pedro Alcântara Carneiro, que foi preso nos anos de chumbo, conseguiu superar as agruras do seu tempo e se formou em medicina, exercendo-a com maestria e, sobretudo, humanidade.
Pedro Alcântara Carneiro lendo jornal.
Dr. Pedro Alcântara tinha 76 anos e era um amante da literatura e da boa música. Gostava tanto de ler que um de seus legados é a imensa biblioteca que deixou em sua casa no município de Igarapé-Miri, onde por 30 anos atuou atendendo a população local. Atualmente atendia em seu consultório.
Clínico geral, nascido em Tucuruí, veio para Belém estudar medicina na Universidade Federal do Pará (UFPA). A maior parte de sua vida como profissional passou atendendo pessoas do interior do Estado do Pará. Além de Igarapé-Miri, Dr. Pedro trabalhou em Abaetetuba, Barcarena, Moju e Garrafão do Norte.
Pedro Alcântara Carneiro
Dr. Pedro deixou seis filhos: Pedro Humberto, Brena, Débora, Natasha, Marx e Irina. Também era avô de quatro netinhos: João Neto, Valentina, Fernanda e Júlia, a quem sempre os chamava de meus bebês.
Era um pai e avô muito amoroso e sua saudação aos netos na chegada a Belém para visitá-los era: Ei vovô! Ele amava reunir a família e juntos curtirem músicas da Bossa-Nova. O ambiente familiar era seu grande prazer.
Mas, a medicina era a vida dele. Ele era apaixonado pela vida e gostava muito de navegar pela região onde morava. Dr. Pedro vai deixar muitas saudades e um exemplo de um ser humano imprescindível.
*História escrita a partir de entrevista com o filho, Pedro Humberto de Aquino Carneiro.