Ivaldo Moraes Souza, 76 anos

Clínico geral

Falecido em 06/03/2021

Ivaldo...

Um ser humano de luz que nasceu predestinado à medicina, dr Ivaldo Moraes Souza nasceu no distrito de Icoaraci, Belém-pa, em 1944. Formou-se em medicina em 1973, pela Universidade Federal do Pará- Ufpa, especializando-se em Clínica Médica. Seguiu  imediatamente para trabalhos em Belterra, Alenquer, Faro e Terra Santa (PA) e Nhamundá (AM). Foi um médico bastante conhecido e querido na região do Baixo-Amazonas, para onde dedicou 32 anos de trabalho árduo.

Dedicado 100% à profissão, fez da medicina seu lazer, seu prazer e sua religião. Através do trabalho ajudou milhares de pessoas, salvou muitas vidas, sendo marcado pela generosidade extrema.

Atendia a todos sem distinção de classe, cor ou religião. E para ajudar pacientes que não tinham recursos para comprar medicamentos, mantinha discretamente uma conta na farmácia da cidade para pagar pelas receitas dos menos favorecidos. 

Por um tempo foi o único médico que atuou no Baixo Amazonas, por isso não gostava de tirar férias. Dizia que não podia abandonar seus pacientes e, mesmo sendo chamado durante a madrugada para atender a uma possível emergência, estava sempre de bom humor. Era visível a felicidade que sentia quando estava dentro de um centro cirúrgico, no momento que se preparava para entrar cantava e dançava. Era onde ele se sentia completo.

Ainda em vida foi homenageado no município de Faro, com uma Unidade Básica de Saúde recebendo seu nome. Atualmente Belterra prepara uma homenagem a ele, onde colocará seu nome no hospital do município.

Foi um ser humano empático, teve compaixão, aliviou a dor de muitas pessoas, fez questão de trabalhar durante a pandemia, mesmo estando com 76 anos, sendo renal crônico, um risco grande para ele. Pedimos tantas vezes que ele tomasse a decisão de parar e descansar. Mas estava sempre pensando em ajudar o outro. Hoje seus atos incentivam a caridade no coração de todos nós.

Creio que posso dizer com convicção que ele cumpriu sua missão aqui, com louvor.

foto Arquivo pessoal

*Texto escrito a partir de entrevista com a filha, Lucille Silva Moraes Souza